sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Belo Horizonte




A capital de Minas Gerais é uma metrópole com todas as letras, mas não perdeu o jeitinho de cidade do interior. Urbana e ao mesmo tempo bucólica, Belo Horizonte tem pão-de-queijo, cachaça, parques e botecos; além de intensa programação cultural, lojas sofisticadas e restaurantes estrelados. 
Praça da Liberdade: arquitetura eclética contorna belos jardins - Foto: Geraldo dos Anjos (Belotur)
Lagoa da Pampulha é adornada por obras de Niemeyer, como a igreja de São Francisco de Assis
Emoldurada por serras e montanhas, a primeira cidade planejada do país foi a escolhida pelo arquiteto Oscar Niemeyer para seu debut profissional, na década de 40. As obras enfeitam o contorno da lagoa da Pampulha, um dos cartões-postais de "Beagá" - como a capital é carinhosamente chamada por seus moradores. Por lá estão o Museu de Arte da Pampulha, a Casa do Baile, e a bela igreja de São Francisco de Assis, ornamentada com 14 painéis de azulejo de autoria de Cândido Portinari. No Centro, os destaques arquitetônicos ficam por conta do Palácio da Liberdade, em estilo art déco; e do Palácio das Artes, cujos palcos são constantemente ocupados por renomados grupos como Corpo (dança), Galpão (teatro) e Giramundo (teatro de bonecos), originais de Belo Horizonte.


Um outro tipo de cultura também se faz presente na capital: a da boa mesa. Espalhados por diversos bairros - em especial na Savassi e em Lourdes -, os restaurantes capricham quando o assunto é a farta e saborosa culinária mineira. A cozinha internacional, entretanto, também se faz presente e encanta até mesmo os paladares criados à base de feijão-tropeiro, tutu, couve, costelinha... A cidade abriga dezenas de excelentes casas especializadas em receitas italianas, francesas e até mesmo iranianas. 


Apesar do glamour e da expansão da alta gastronomia, "belzonte" não abre mão de seus tradicionais botecos. A cidade se orgulha de ter o maior índice de bares por habitante do país, o que incentivou a criação, em 2000, do festival Comida di Buteco. O evento acontece nos meses de abril e maio, quando os clientes escolhem os melhores petiscos servidos na capital. Delícias incrementadas com lingüiça, lombinho ou torresmo sempre saem na frente e fazem ainda mais sucesso quando acompanhadas por um chope gelado ou uma típica branquinha.

Tiradentes


Tiradentes não tem a suntuosidade barroca de Ouro Preto e de São João del Rei, mas certamente é a mais charmosa das cidades históricas. Em suas ruas coloniais calçadas com pedras pés-de-moleque, as igrejas do século 18 dividem a atenção com o preservado casario formado por sobrados que abrigam restaurantes, pousadas, antiquários e lojas de artesanato que acendem seus lampiões na fachada ao anoitecer. O cenário encantador e que já serviu de locação para filmes, seriados e novelas, exibe ainda uma imponente moldura - a Serra de São José, com montanhas típicas de Minas Gerais.  
Câmara Municipal: Poderes públicos também ocupam casario colonial - Foto: Ernane Fonseca (Setur Tiradentes)
As charretes, estacionadas no Largo das Forras, convidam a circular pela cidade com direito a paradas nas principais atrações, como o Chafariz de São José, o Museu Padre Toledo, as igrejas de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, de Nossa Senhora das Mercês e a Matriz de Santo Antônio, a mais bonita de Tiradentes com trabalhos atribuídos a Aleijadinho. 


Ao longo do passeio, conhecer os ateliês que se espalham pelas ruas Direita e da Câmara é programa obrigatório. Chama a atenção a criatividade dos artesãos, que confeccionam suas obras com materiais que vão da madeira ao estanho, passando pelo papel machê e o ferro. O artesanato variado e de bom gosto é encontrado também no distrito do Bichinho, a seis quilômetros do centro e repleto de oficinas.


Descolada, Tiradentes vem, a cada dia, deixando de ser um destino meramente histórico para se tornar um pólo cultural - há quase dez anos é pano de fundo para concorridos eventos, como a Mostra de Cinema e o Festival de Cultura e Gastronomia. A boa mesa, aliás, é uma das características marcantes da cidade. A comida mineiríssima é servida com fartura nos restaurantes, que capricham nas receitas tradicionais e as incrementam com ingredientes como o ora-pro-nóbis, um tipo de folha que dá um gostinho todo especial ao frango e ao angu. Para gastar as energias, faça um trekking até o topo da serra - são quatro horas de caminhada com direito a paisagens encantadoras a 1.400 metros de altitude. (fonte ferias Brasil)
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